A transformação do português “Beijo de Feira” para o “Beijinho” brasileiro |
Quinta-feira, 18/03/21 |
Quem resiste ao nosso tradicional beijinho, presente em todas as festas (sejam elas infantis ou adultas) e a opção certa para aqueles que preferem um tradicional docinho brasileiro – que, neste caso, não é tãããão brasileiro assim, mas reflete na própria história do país, já que diversos povos vieram para cá no decorrer dos séculos, não é mesmo?
A receita é original dos conventos de Portugal, pois era muito comum que as freiras ocupassem seu tempo criando diversos doces, e um deles foi o Beijo de Freira, como era conhecido na época. Com a colonização do Brasil, o doce veio junto com a família real e se espalhou pelo país por meio das donas de casa, que passavam as tradições culinárias para suas filhas. A venda dos quitutes pelas escravas também aumentou a fama da sobremesa. Além disso, elas acrescentaram ingredientes locais, como o coco, além de adaptarem o nome da receita para beijo de coco.
Com a chegada do leite condensado no século XX, o doce ganhou mais uma adaptação e recebeu o acréscimo de um cravo na parte superior, o que também acarretou na mudança de seu nome para beijinho, como conhecemos hoje. A receita original continha ovo, ingrediente que foi substituído quando o leite condensado chegou – o que garantiu a economia dos ovos e mais cremosidade ao doce.
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